quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Constituição e o oportunismo

A Constituição é o ‘esqueleto’ da nossa ordem jurídica, como tal, qualquer alteração do ‘esqueleto’ terá de ser resultado de séria reflexão e análise, sob pena de causar ‘deformações’ no resto do corpo da ordem jurídica.

O assunto da revisão constitucional surge naturalmente de 4 em 4 anos, e, recentemente, as discussões deram origem não só a revisões ordinárias, como também a revisões extraordinárias(2005).

Surge então a questão fundamental, será que as alterações introduzidas são as que realmente favorecem a situação dos portugueses? Na minha opinião, sim. Mas as questões recentemente levantadas por partidos da direita, roçam o puro oportunismo político.

Prevendo uma vitória do seu candidato nas eleições presidenciais, o PSD pretende aprovar uma alteração que permita a destituição do governo por parte do Presidente da República, sem que este tenha que dissolver a Assembleia da República. Deste modo, o PSD está a tentar criar condições para chegar ao poder, de maneira sorrateira, tentando agir com naturalidade e sem dar demasiado nas vistas.

A verdade é que se os primeiros dias do Dr. Passos Coelho como presidente do PSD revelaram um homem com ideias e com vontade de mudar, a sua acomodação ao cargo, revelou um homem cansado e que a unica mudança que surgiu foi mesmo a sua mudança de atitude.

Todo este desespero veio culminar no projecto de revisão constitucional apresentado pelo PSD, traçando assim um atalho com destino ao poder. Resta à esquerda, unir-se e impedir que tais alterações figurem na nossa Constituição, salvaguardando assim a estabilidade e o futuro de Portugal, confirmando o Estado Democrático e negando categóricamente o Estado de jogos de interesse movido nos bastidores.

Bruno Grazina




terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mais uma achega sobre o estacionamento


Artigo in Jornal de Pinhal Novo, 03 de Agosto de 2010